
Qual a taxa Selic hoje (Maio 2025)?
- BrasilInflaçãoNoticias
- 4 de abril de 2024
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Qual a SELIC hoje e como ela afeta seu bolso?
Neste artigo iremos ver:
O que é Taxa Selic?
Quem define a taxa Selic?
Origem do nome “Selic”
Qual é o valor da taxa Selic hoje?
Por que o Banco Central interrompeu o ciclo de cortes?
Quem é o atual presidente do Banco Central?
Qual é a previsão da Selic para o final de 2025?
O que é reunião do COPOM?
Efeitos das mudanças na Selic;
O que acontece quando a SELIC aumenta?
O que acontece quando a SELIC diminui?
Quais investimentos são afetados pela Selic?
Taxa Selic e CDI: qual a relação?
Veja as datas das próximas reuniões do Copom;
Dúvidas frequentes.
O que é Taxa Selic?
Conforme explicamos em nosso artigo “O que Selic e CDI e como elas funcionam?”, a Selic, também chamada de taxa básica de juros, é a taxa básica da economia brasileira e foi criada em 1978.
Ela influencia outras taxas de juros do país, como as taxas de empréstimos, de financiamentos e de aplicações financeiras. Isso porque a Selic é a taxa básica de juros da economia. Serve de referência para calcular as taxas de empréstimos bancários e financiamentos, por exemplo. Ou seja, com a Selic alta, o crédito também fica mais custoso.
Quem define a taxa Selic?
A definição da Selic é de responsabilidade do Banco Central do Brasil (BCB). A taxa é o principal instrumento de política monetária para controlar a inflação.
A definição da taxa é realizada nas reuniões do Copom — Comitê de Política Monetária do BCB.
O COPOM é formado pela diretoria do Banco Central. O comitê se reúne 8 vezes por ano. O que ocorre a cada 45 dias.
Origem do nome “Selic”
O nome Selic vem da sigla do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, que é uma infraestrutura do mercado financeiro administrada pelo BCB.
Qual é o valor da taxa Selic hoje?
A Selic hoje está em 14,75% ao ano. Isso por conta do novo aumento dos juros pelo Banco Central, a última alta foi de 0,50%, saindo de 14,25% para 14,75% ao ano. O último aumento representa a sexta alta seguida na Selic. Esse novo aumento foi definido na última reunião que ocorreu no dia 07 de maior.
Em seu comunicado ao mercado, o BACEN não confirmou o fim do ciclo de altas devido ao cenário de elevada incerteza. No entanto, para os economistas consultados pelo Hora do Investidor, a Selic não deve chegar aos 15% na reunião de junho, que ocorrerá nos dias 17 e 18 do próximo mês.
A nova alta está alinhada com expectativa do mercado. Esse é o maior patamar em quase 20 anos, a última vez em que a Selic esteve em 14,75% foi em julho de 2006.
Cabe ressaltar que a decisão foi unânime, ou seja, todos os 9 diretores do BACEN votaram para aumentar a Selic em 0,50%, inclusive os 7 membros indicados pelo atual governo. Nesse sentido, após uma sequência de reduções seguidas na SELIC e após um período de manutenção, o Bacen continua com a sequência de alta dos juros básicos da economia.
O Banco Central justificou a decisão citando alguns fatores: cenário marcado pela alta da inflação, economia aquecida e mercado de trabalho também aquecido. Dessa forma, representando uma manutenção do caminho que o Bacen está trilhando, tendo em vista que a taxa também teve alta nas últimas 6 reuniões.
Por que o Banco Central ciclo de aumento da Selic?
De acordo com economistas, a principal razão para o aumento da Selic foi o aumento da Inflação, principlamente a medida pelo IPCA. Conforme detalhamos no artigo “Qual IPCA hoje? Tabela IPCA 2024 atualizada” o IPCA de março teve alta de 0,43%. Um valor menor que o índice de março, que foi de 0,56% ao mês.
Há ainda uma preocupação que a atividade econômica e o mercado de trabalho brasileiro continuam apresentando um desempenho acima do esperado, o que pode contribuir para um aumento dos preços. Ou seja, para o Banco Central a economia está aquecida e o emprego em alta, o que, em sua visão, cria risco inflacionário.
Os motivos da inflação são:
- Alto nível de atividade econômica;
- Mercado de trabalho aquecido;
- Cenário internacional conturbado com o início da guerra comercial de Donald Trump com o resto do mundo.
O BACEN continua preocupado a combinação entre economia aquecida e inflação. Em 2024, o PIB brasileiro subiu 3,4%, já o IPCA avançou 4,83%, acima do teto da meta de inflação de 4,5%.
Diante de várias críticas sobre a alta recente das taxas de juros, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse na Câmara dos Deputados que:
“A política monetária no Brasil precisa ser mais dura que a de outros países para obter os mesmos efeitos”.
No comunicado ao mercado o COPOM informou que, a se confirmar o cenário esperado, promoverá um novo ajuste no próximo encontro, que será em maio.
O Banco Central em comunicado declarou:
“O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos”
E continua
“O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.”
Com esse cenário, o COPOM segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária.
Em relação às próximas reuniões, o comite confirmou que elevará a Selic na reunião de maio, mas não informou se as altas continuarão nas demais reuniões.
“Para além da próxima reunião, o comitê reforça que a magnitude total do ciclo de aperto monetário será ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerá da evolução da dinâmica da inflação”

Quem é o atual presidente do Banco Central?
O economista Gabriel Galípolo, o ex-diretor de política monetária do Banco, assumiu a presidência do BACEN com a saída de Campos Neto. Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aprovado, em outubro, pelo Senado. Já Campos Neto, foi indicado pelo ex-presidente Bolsonaro.
A reunião do Copom, que elevou a SELIC para 14,25% foi presidita pelo nono presidente. A última sob o comando Roberto Campos Neto ocorreu em dezembro de 2024, que deixou a presidência do Banco no ínicio desse ano.
Essa é a segunda reunião do Copom chefiada por Gabriel Galípolo, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele assumiu em janeiro deste ano.
Qual é a previsão da Selic para final de 2025?
Analistas do mercado financeiro reduziram sua projeção para taxa Selic em 2025 para os atuais 14,75%. Todavia, o mercado tem errado muito em sua previsões, chegando a errar 95% das previsões econômicas desde 2021, conforme detalhamos em nosso artigo “Mercado erra previsões econômicas no Brasil: Erro ou manipulação?“
O mercado financeiro mudou bastante sua previsão da taxa para o final de 2024. Enquanto em janeiro a expectativa era que a Selic encerrasse o ano em 9%, em setembro já se previa que a Selic ficasse nos atuais 11,25%.
Segundo o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) em setembro, havia projeção que a Selic fechasse 2024 em 11,25%, o que não ocorreu, já que a taxa já está em 12.25%. A ata da última reunião (29/01/2025) divulgada no inicio do mês, espera que a SELIC feche em 15% no final do ano.
Atualmente o mercado espera que o ciclo de alta dos juros se encerre somente em abril/2025, quando a Selic deve chegar em 14,25% ao ano. Sobre esse cenário, o Bacen declarou:
“O ambiente externo permanece desafiador, em função, principalmente, da conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed”.
Qual a previsão da Selic para 2026 e 2027?
Para 2026 a previsão é da SELIC chegar em 12,50% ao ano. Enquanto que para 2027 a estimativa passou para 10,50%, o que antes 10%.

O que é reunião do COPOM?
É a reunião para definição da taxa Selic. A reunião do Copom ocorre em dois dias seguidos.
No primeiro dia, o comité estuda sobre a conjuntura econômica atual, analisando nível de atividade, câmbio, finanças públicas, cenário econômico internacional, entre outros. Já no segundo dia, é realizado uma apresentação técnica sobre o cenário inflacionário e definido decidem a taxa Selic por maioria simples.

Efeitos das mudanças na Taxa Selic
A taxa é um dos principais indicadores para remuneração dos investimentos em Renda Fixa no Brasil. Dessa forma, o aumento ou diminuição da taxa afeta a inflação, os investimentos, os empréstimos e toda a economia.


O que acontece quando a SELIC aumenta?
A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Influenciando diretamente as alíquotas cobradas de empréstimos, financiamentos e investimentos. No mercado financeiro, impacta o rendimento de muitas aplicações financeiras, como CDB, LCA, LCI, dentre outras.
Ao aumentar a Selic, o Banco Central tem como objetivo desacelerar a economia. Com juros mais altos, os empréstimos ficam mais caros, tanto para as pessoas, como para empresas. O que diminui o consumo e os investimentos.
Com vendas menores, a tendencia é a queda dos preços. Dessa forma, o BCB aumenta a Selic para controlar o aumento dos preços, ou seja, da inflação.
O que acontece quando a taxa SELIC diminui?
Ao abaixar a Selic, o BCB tem objetivo contrário, assim, ele deseja aquecer a economia por meio do aumento do consumo.
Com juros mais baixos, os empréstimos ficam mais baratos. O que aumenta o consumo das famílias e os investimentos das empresas.
Quais investimentos são afetados pela Taxa Selic?
Alterações na taxa básica impacta na rentabilidade de diversos investimentos, dentre os quais citamos alguns exemplos:
- Títulos do Tesouro Direto remunerados pela Selic;
- Caderneta de poupança;
- Investimentos de renda fixa, a exemplo do CDB, LCA, LCI, dentre outros.
Aprenda o que é renda fixa em nosso artigo “O que é Renda Fixa?”
CDB: é a sigla para “Certificado de Depósito Bancário”, para aprender tudo sobre CDB veja no artigo “O que é CDB e como funciona”
LCI e LCA: São as “Letras de Crédito Imobiliário e Letras de Crédito do Agronegócio”, para aprender tudo sobre CDB veja no artigo “O que é LCA e LCI?”
Taxa Selic e CDI: qual a relação?
O CDI é a sigla de Certificado de Depósito Interbancário. Que é o nome dos empréstimos que os bancos fazem entre si para fechar o dia no positivo.
Apesar da SELIC e o CDI não tem exatamente a mesma taxa, ambas seguem uma mesma tendência, ficando bem próximas em seus valores.
Veja as datas das próximas reuniões do Copom:
Fonte: Banco Central (BCB)

Dúvidas frequentes
Qual é a SELIC Hoje?
A taxa Selic hoje é 14,75% e foi definida em 07 de maio de 2025,
Quando será a próxima definição da Selic?
A próxima reunião do Copom que definirá a nova Selic será nos dias 17 e 18 de junho.
Quem define a taxa Selic?
A taxa é definida pelo Banco Central do Brasil, por meio do COPOM.
O que acontece quando a SELIC aumenta?
Os empréstimos ficam mais caros, diminuindo o consumo, ajudando assim a diminuir a inflação no país.
O que acontece quando a SELIC diminui?
Os empréstimos ficam mais baixos e isso aumenta o consumo e os investimentos no país.
Qual a previsão da Selic para o final de 2025, 2026 e 2027?
O mercado reduziu a previsão da taxa Selic para o final de 2025, prevendo que os juros básicos se mantenha nos atuais 14,75%. Já para 2026 a previsão é de chegar em 12,50%. Enquanto que para 2027 a estimativa passou para 10,50%, o que antes 10%.